Série

A precariedade do mercado de trabalho cada vez mais exposta

Marcelo Roubicek

10 de dezembro de 2020(atualizado 22/12/2023 às 02h47)

Ao longo do mês de dezembro, o ‘Nexo’ destaca 20 características do nosso tempo que foram escancaradas no ano que se encerra. Neste capítulo, mostra como a pandemia expôs a fragilidade dos empregos informais

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FOTO: SARIANA FERNÁNDEZ/NEXO JORNAL – 08.DEZ.2020

Colagem de duas fotos manipuladas: uma de um entregador de bicicleta e outra de uma mulher em frente a um anúncio de emprego

Ciclista de aplicativo de entrega e pessoas procurando emprego no centro de São Paulo

O aumento da informalidade do trabalho é um fenômeno antigo no Brasil e crescente em vários países, ilustrado pelo avanço do mercado de aplicativos de transporte e entrega. Em 2020, a pandemia do novo coronavírus agravou a situação. Com menos pessoas e dinheiro circulando pelas ruas, muitas empresas fecharam as portas ou demitiram funcionários, formais e informais . Considerados essenciais na pandemia, trabalhadores de apps chegaram a fazer greve no Brasil por melhores condições de trabalho.

De empregados sem registro na carteira a pessoas que trabalham por conta própria sem CNPJ, o trabalho informal já estava em alta no Brasil antes da pandemia. Após a recessão de 2014 a 2016 – da qual o país ainda não havia se recuperado antes da crise sanitária –, a criação de empregos se deu majoritariamente pela via da informalidade . Ao final de 2019, 40% dos empregos do país – mais de 38 milhões de pessoas – eram informais. Desses, quase metade trabalhava por conta própria.

A pandemia escancarou a vulnerabilidade do trabalho informal e a fragilidade do mercado de trabalho. Nos primeiros seis meses de crise sanitária, 12 milhões de brasileiros perderam o emprego. Entre eles, seis a cada dez eram trabalhadores informais. A desigualdade de renda do trabalho no Brasil cresceu a níveis historicamente altos em 2020.

O auxílio emergencial do governo amparou muitas dessas pessoas na pandemia e ajudou a conter, em parte, uma taxa de desocupação que terminou o ano batendo recorde. Com o fim do pagamento do benefício em 2021, a tendência é que o desemprego dê um salto.

Abaixo, o Nexo lista cinco conteúdos publicados em 2020 que ajudam a revisitar e entender o assunto.

FOTO: SERGIO MORAES/REUTERS

Moço com chapéu à frente de ponto de ônibus. Ele vende vários saquinhos de amendoins. Atrás, pessoas se reúnem aguardando ônibus. E mais ao fundo, ônibus parado no ponto

Vendedor ambulante no Rio de Janeiro

Empregos informais: os mais vulneráveis à crise da pandemia

Trabalhadores sem carteira assinada respondem por 40% do mercado. Após críticas ao primeiro pacote apresentado pelo ministro Paulo Guedes, governo anuncia medidas diretas para essa parcela da população

Leia na íntegra

FOTO: PAULO WHITAKER/REUTERS

Vultos passam ao fundo, enquanto homem parado olha para um poste com vários anúncios de emprego grudados. Ele está num calçadão no meio de prédios do centro

Homem olha anúncios de vagas no centro de São Paulo

Como ler os dados do desemprego na pandemia

Taxa de desocupação não conta a história da crise do mercado de trabalho. Entre março e maio, 7,8 milhões de pessoas perderam seus trabalhos

Leia na íntegra

FOTO: PILAR OLIVARES/REUTERS – 21.04.2020

Uma mulher negra está encostada na abertura da porta de uma casa pobre. Ela veste uma roupa simples e uma máscara, e olha profundamente para a câmera

Mulher em frente à sua casa na comunidade do Mandela, no Rio de Janeiro

O aumento na desigualdade de renda do trabalho na pandemia

Números do FGV Social mostram queda da renda do trabalho no Brasil. Parcelas mais pobres da população foram as maisafetadas

Leia na íntegra

FOTO: BRUNO KELLY/REUTERS – 27.03.2020

Trabalhador de aplicativo de entrega pedala nas ruas de Manaus. Ele veste uma máscara e está com uma mochila de entregador nas costas. Há carros parados antes da faixa, enquanto o ciclista atravessa.

Trabalhador de aplicativo de entrega pedala nas ruas de Manaus

‘Toda nova forma de dominação traz novas formas de resistência’

Entregadores de app anunciam paralisação de atividades por um dia em meio à pandemia. O‘Nexo’ conversou com a socióloga Ludmila Costhek Abilio sobre o fenômeno da uberização no Brasil e o perfil dos trabalhadores

Leia na íntegra

FOTO: KLAUS VEDFELT/GETTY IMAGES

Ilustração de uma mulher 'sentada' sobre uma curva típica de mercados financeiros

Ilustração de uma mulher ‘sentada’ sobre uma curva típica de mercados financeiros

O que você quer ser quando crescer?

Entre sucessivas crises econômicas e ameaças de automação, as novas gerações terão que lidar com cenários pouco otimistas e talvez repensar seus trabalhos dos sonhos

Leia na íntegra

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