‘Grupos políticos lucram com punitivismo da Justiça’
Isabela Cruz
14 de outubro de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h27)Caso de mulher presa por furtar miojo, refrigerante e suco em pó mostra como ‘princípio da insignificância’ é ignorado em parte dos tribunais. Em entrevista ao ‘Nexo’, sociólogo Marcos Alvarez explica por quê
Sede do Tribunal de Justiça de São Paulo
Após duas semanas na penitenciária, uma mulher presa em flagrante por ter furtado miojo, refrigerante e suco em pó conseguiu uma ordem de soltura. A decisão foi do ministro Joel Paciornik, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que também determinou o encerramento do inquérito policial . A investigação dos R$ 21 não pagos ao supermercado, assim como a prisão, tinha sido autorizada pela primeira e pela segunda instância do Tribunal de Justiça de São Paulo.
O caso repete outros sobre a punição de pequenos delitos, frequentemente cometidos em situação de penúria, num país que acumula mais de 770 mil pessoas presas e, fora da cadeia, pelo menos 19 milhões de pessoas passando fome .
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