Qual a relação entre o seu celular e a democracia
João Paulo Charleaux
02 de junho de 2016(atualizado 28/12/2023 às 01h55)Grupo de pesquisadores debate em livro o papel dos ‘artefatos digitais’ usados cada vez mais para fazer política
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Uma boa parte do que pensamos sobre a política vem das formulações expressas por um cidadão suíço chamado Jean-Jacques Rousseau. Quando ele usou as palavras “transparência” e “participação” para definir a democracia, há mais de 250 anos, o filósofo não se referia exatamente à disponibilização de dados do governo na internet, ou ao uso de um smartphone para participar de um abaixo-assinado ou para pressionar o voto de um senador da República, deputado ou vereador.
O primeiro “telégrafo falante” só seria inventado quase cem anos depois da publicação do livro “O Contrato Social”, de Rousseau, e os primeiros celulares, pesando mais de 40 quilos, e criados para serem acoplados ao porta-malas dos carros, só começariam a ser aperfeiçoados depois da primeira metade do século 20. Ainda assim, o desenvolvimento de toda essa parafernália – e, principalmente, sua miniaturização e interconectividade – acabou dando impulso renovado ao que Rousseau evocava como ideal democrático nos anos 1700.
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