O avanço da covid-19 nas prisões. E a subnotificação de casos
Estêvão Bertoni
17 de junho de 2020(atualizado 28/12/2023 às 12h45)Conselho Nacional de Justiça renovou por mais três meses recomendações para juízes reverem detenções pelo país, mas especialistas dizem que magistrados ignoram apelos
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Agentes de segurança revistam celas no Centro de Recuperação Penitenciária do Pará
As prisões brasileiras registraram no início de junho um aumento de 800% nos casos de infecção pelo novo coronavírus em relação a maio, segundo balanço divulgado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). A situação preocupa especialistas em segurança porque apenas 1% da população carcerária brasileira, a terceira maior do mundo, foi testada para a doença. Isso aponta que, mesmo com o avanço acelerado registrado recentemente, a subnotificação de casos pode esconder uma realidade mais grave nos presídios do país.
No início de junho, o complexo penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, chegou a atingir a marca de mil infectados , de um total de cerca de 15 mil presos. Dois internos e um agente morreram. O governo do Distrito Federal decidiu, em maio, criar uma Secretaria de Administração Penitenciária para tentar monitorar o quadro. Até então, a questão era tratada pela pasta de Segurança Pública.
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