Os setores do agronegócio que aderem ao golpismo bolsonarista
Estêvão Bertoni
21 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h18)Governo de extrema direita revitalizou grupos mais radicais ligados ao campo. Líder de associação de sojeiros é investigado por financiar atos antidemocráticos em operação que teve como alvo Sérgio Reis
O presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Aprosoja, Antônio Gavan
A operação da Polícia Federal que cumpriu na sexta-feira (20) mandados de busca e apreensão na casa do cantor Sérgio Reis , por sua mensagem a apoiadores do presidente Jair Bolsonaro chamando para atos antidemocráticos em 7 de Setembro, também teve como alvo o presidente da Aprosoja (Associação Brasileira dos Produtores de Soja), Antônio Galvan. Ele é investigado sob suspeita de financiar o protesto. Para a polícia, as convocações, com ameaças de invasão ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, incluem o crime de incitação à violência.
Produtor rural no município de Vera, no Mato Grosso, Galvan representa uma ala do agronegócio identificada com a extrema direita, que vinha ficando à margem do setor na última década mas ganhou espaço no atual governo. Após a operação da PF, representantes do setor criticaram Galvan dizendo que ele não pode falar pelo agronegócio inteiro ou usar em seu nome a associação, que representa cerca de 240 mil agricultores.
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