O protesto antirracista numa igreja de Curitiba. E seus efeitos políticos
Cesar Gaglioni
08 de fevereiro de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h21)Ato por Moïse, imigrante congolês assassinado a pauladas, e Durval, morto pelo vizinho que diz tê-lo confundido com assaltante, tem disputa de versões e reações de Bolsonaro e religiosos
O vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) na manifestação
Dezenas de manifestantes se reuniram no entorno da Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, em Curitiba, no sábado (5), em um dos atos nacionais realizados naquela data. Era um protesto contra as mortes do congolês Moïse Kabagambe, espancado em um quiosque da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e de Durval Teófilo Filho, alvejado pelo vizinho militar que disse tê-lo confundido com um assaltante, num condomínio em São Gonçalo, cidade da região metropolitana da capital fluminense.
Os manifestantes entraram na paróquia. O padre Luiz Haas e a Arquidiocese de Curitiba dizem que o protesto foi uma invasão durante a missa. O vereador Renato Freitas (PT), que participou do ato, diz que a entrada na igreja se deu após o fim da celebração religiosa. No Twitter, Jair Bolsonaro disse que cobraria acompanhamento do caso pelo Ministério da Justiça e pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O presidente afirma que houve crime de escárnio religioso, previsto no artigo 208 do Código Penal.
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