FOTO: JENNIFER GAUTIER/REUTERS – 28.JUN.2021

O Canadá registrou pelo menos 233 mortes desde o domingo (27) em decorrência de uma onda de calor na região oeste do país. As vítimas tiveram um mal súbito motivado pela temperatura. Segundo autoridades locais, a maioria eram idosos ou tinham problemas de saúde prévios.

O país chegou a registrar 49,6º C, a maior temperatura da história do Canadá. Cidades fecharam escolas e suspenderam a vacinação contra a covid-19 em razão das condições extremas e, segundo informações da RFI, ventiladores e equipamentos de ar-condicionado estão em falta nas lojas da área. Estados do noroeste dos Estados Unidos também sofrem com as altas temperaturas. A expectativa dos meteorologistas é de que o clima comece a se estabilizar no sábado (3).

Cientistas consultados pela CBC canadense evitaram associar diretamente este episódio a mudanças climáticas globais. Mas disseram que o aquecimento global, causado pela emissão de carbono na atmosfera, pode contribuir para que eventos meteorológicos atípicos como esse se tornem mais frequentes.

“Sem uma mudança climática induzida por fatores humanos, seria quase impossível bater esses recordes nessas regiões, já que isso ocorreria naturalmente só uma vez a cada dezenas de milhares de anos. No cenário atual de mudanças climáticas, junhos quentes como esses no hemisfério norte podem acontecer acontecer duas vezes a cada três décadas”, disse o cientista Nikos Christidis ao site da Organização Meteorológica Mundial, das Nações Unidas.

A década que terminou em 2020 foi a mais quente da história do planeta. Países em latitudes maiores (caso do Canadá e países escandinavos) vem registrando temperaturas incomumente altas, enquanto o Ártico , no extremo norte do globo, esquenta duas vezes mais rápido que o resto do mundo.

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