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Ebrahim Raisi toma posse como presidente do Irã

Da Reuters

05 de agosto de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h16)

Clérigo ultraconservador chega ao poder após eleições realizadas em junho e promete adotar medidas para suspender sanções dos EUA

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FOTO: WANA/VIA REUTERS – 18.06.2021

Ebrahim Raisi sorri e acena em local de votação, em Teerã

Ebrahim Raisi deposita seu voto em Teerã

O clérigo Ebrahim Raisi tomará posse como presidente do Irã nesta quinta-feira (5). A posse vemdois dias depois dele receber o endosso formal do líder supremo da República Islâmica, o aiatolá Ali Khamenei, para assumir o cargo na esteira de sua vitória eleitoral de junho.

Raisi, que é alvo de sanções dos Estados Unidos devido a alegações de abusos de direitos humanos cometidos durante seu tempo como juiz, promete adotar medidas para suspender as punições americanas, que reduzem as exportações de petróleo do Irã e baniram o país do sistema bancário internacional.

Além disso está negociando com seis grandes potências para reativar um acordo nuclear de 2015 abandonado em 2019 pelo então presidente dos EUA, Donald Trump, que o considerava brando demais com Teerã, capital iraniana.Conforme o acordo, o Irã concordava em limitar seu programa nuclear em troca da suspensão de sanções internacionais, mas Trump reativou as sanções, o que prejudicou a economia do Irã. Desde então, o país violou limites impostos pelo acordo às suas atividades nucleares.

Assim como o líder supremo, Raisi apoia as conversas nucleares, mas muitos acreditam que o clérigo xiita de escalão médio adotará uma postura mais rígida nas negociações, embora Khamenei tenha a palavra final em todas as questões estatais, incluindo a política nuclear.

Raisi é visto como um conservador linha-dura de extrema-direita. A chegada dele ao poder representauma decisão de certa forma imposta pelas autoridades da teocracia xiita iraniana aos eleitores do país. Ninguém pode se lançar candidato no Irã sem o consentimento do Conselho dos Guardiães. Esse Conselho é formado por 12 membros, sendo seis teólogos xiitas escolhidos pelo Líder Supremo e seis juristas, especialistas em leis islâmicas, escolhidos pelo Chefe do Judiciário, que era o próprio Raisi.

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