FOTO: MARKO DJURICA/REUTERS

O nadador Daniel Dias, maior medalhista paralímpico do Brasil, se aposentou do esporte nesta quarta-feira (1º), aos 33 anos, após terminar em quarto lugar nos 50 metros livres da categoria intermediária na Paralimpíada de Tóquio. Ao longo da carreira, Dias conquistou 27 medalhas em Jogos Paralímpicos, sendo 14 de ouro, 7 de prata e 6 de bronze (3 deles em Tóquio).

Dias, que teve uma má-formação das pernas e dos braços, começou sua carreira profissional em 2006, conquistando a medalha de ouro do Campeonato Mundial de Natação Paralímpica em Durban, na África do Sul. Depois disso, foram 14 competições de elite, incluindo 4 Paralimpíadas. Somadas todas as conquistas, foram 100 medalhas na carreira.

Diante da pandemia da covid-19 e do adiamento da Paralimpíada de 2020 para 2021, manter a forma dentro de casa foi um desafio. ” Virei um peixe fora d’ água. O nadador precisa de água. Foi difícil conseguir piscina para manter os treinamentos. A gente teve que ficar em casa e se reinventar. E eu passei a me exercitar com os meus filhos. Alguns atletas têm peso de academia em casa e eu tenho os meus filhos”, disse ao UOL.

Com a aposentadoria, Dias não só se consagra como o maior medalhista paralímpico do Brasil, mas também como um dos maiores do mundo no ranking total de medalhas. Até quarta-feira (1º), o nadador se mantinha na 10ª posição da lista, encabeçada pela nadadora americana Trischa Zorn, detentora de 55 medalhas, conquistadas entre 1980 e 2004.

Para o futuro, Daniel Dias disse querer investir no combate ao preconceito.“Tudo que eu conquistei no esporte foi com muita dedicação e perseverança. Criei um nome. Creio que posso ser um influenciador positivo. Sou exemplo para muitas pessoas, inclusive as sem deficiência. Quero passar a mensagem ‘Sorria para a vida”‘, disse ao UOL.

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