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Reprovação à gestão de Bolsonaro na pandemia tem queda

03 de abril de 2022(atualizado 28/12/2023 às 22h26)

De acordo com pesquisa do instituto Datafolha, porcentagem de pessoas que consideram condução da crise sanitária ruim ou péssima foi de 54% em setembro de 2021 para 46% em março de 2022

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FOTO: BRUNO KELLY/REUTERS – 9.FEV.2021

Imagem mostra homem idoso vestido a camisa da seleção brasileira recebendo vacina no braço esquerdo de profissional de saúde usando avental, touca e máscara

Morador de comunidade às margens do rio Negro, no Amazonas, recebe vacina contra a covid-19

Pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha neste domingo (3) mostra que a reprovação da gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) na pandemia de covid-19 caiu. No levantamento anterior do instituto, de setembro de 2021, 54% consideravam o seu desempenho ruim ou péssimo na crise sanitária. Agora, a porcentagem é de 46%.

Os que acham a administração da pandemia ótima ou boa são 28%. Os que acham regular são 25%. A pesquisa foi realizada nos dias 22 e 23 de março e entrevistou 2.556 pessoas com mais de 16 anos em 181 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

De acordo com o Datafolha, nas oito pesquisas realizadas ao longo da pandemia, a reprovação do combate à covid-19 sempre foi maior do que a reprovação do governo Bolsonaro de forma geral. Neste mais recente levantamento, a reprovação converge pela primeira vez: 46% rejeitam a gestão em relação à pandemia e 45% rejeitam o governo de forma geral.

MELHORA

Gráfico comparativo em linhas mostra a avaliação da gestão Bolsonaro em relação à pandemia, segundo pesquisas Datafolha. Percepção negativa diminuiu

Desde o início da crise sanitária, em março de 2020, Bolsonarominimizou e desdenhou a gravidade da covid-19, aglomerou pessoas em eventos oficiais pelo Brasil, sabotou o isolamento social em prol da economia, questionou sem base científica o uso de máscaras, defendeu e financiou medicamentos sem eficácia, desestimulou e atrasou a vacinação da população. Internacionalmente, o país é visto como um mau exemplo na pandemia.

O Ministério da Saúde está em seu 4° titular. O posto atualmente é do médico Marcelo Queiroga , que abraçou o negacionismo de Bolsonaro para permanecer no cargo. O ministro, por exemplo, levantou dúvidas sobre a vacinação infantil.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o 3° país do mundo com mais mortes pela doença na pandemia: 660.147, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa compilados com base nos números das secretarias estaduais de saúde.

A crise sanitária também teve falta de oxigênio em estados como Manaus, suspeita de pagamento superfaturado para produção de cloroquina e suspeitas de propina na compra tardia de vacinas, casos investigados e documentados pela CPI da Covid .

Apesar do atraso inicial, as vacinas foram garantidas, e os índices de imunização são consideradas um sucesso: 75,6% da população está com o esquema vacinal completo, segundo dados da plataforma Our World in Data, o que representa 160 milhões de pessoas. 37% receberam a dose de reforço.

Orientado por aliados políticos, Bolsonaro, que atacava a vacinação com frequência, parou de se posicionar de forma pública sobre o assunto, algo que analistas atribuem como um fator de melhora da sua aprovação. Com o avanço da vacinação e a retomada das atividades presenciais, as pessoas se sentem mais tranquilas, e isso faz com que elas critiquem menos o governo, disse a cientista política Luciana Santana em entrevista ao Nexo no dia 16 de março.

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