O azeite de oliva faz parte das dietas do Mediterrâneo e ganhou popularidade ao redor do mundo por ser um óleo mais saudável que outros óleos culinários.

Ele é rico em gorduras monoinsaturadas e antioxidantes. Pode ser usado tanto para temperar alimentos, como para cozimento.

Os benefícios do consumo do azeite estão relacionados ao tipo escolhido, sendo o extra virgem o mais saudável.

Os azeites de oliva são classificados como virgem (extra virgem, virgem e lampante) e de tipo único (refinado ou comum), segundo o Ministério da Agricultura. Essas definições seguem padrões internacionais.

Com acidez de até 0,8%, é produzido a partir dos frutos de melhor qualidade. O processo de produção ocorre em temperatura ambiente e não possui aditivos. Por isso, é o azeite mais saudável

Possui acidez entre 0,8% e 2,0%. É produzido a partir de frutos com um pouco menos de qualidade e pode ser feito em temperatura ligeiramente mais elevada que a do extra virgem. Também não possui aditivos

Com acidez acima de 2,0%, é produzido a partir dos frutos de baixa qualidade. Sem refinamento, é impróprio para o consumo humano. Pode ter uso em indústrias, como a de cosméticos

Azeite refinado (tipo único)

Produzido a partir do refino do lampante ou do azeite virgem defeituoso. Recebe aditivos

químicos para a redução da acidez, além da remoção do sabor e do cheiro. Por isso, é

misturado com o azeite virgem antes de ser comercializado

Azeite de oliva (tipo único)

Pode ser obtido a partir da mistura do azeite refinado comum dos tipos de azeites virgens. Devido ao refino, possui maior alteração no sabor e aroma, além de ter menor quantidade de antioxidantes e nutrientes saudáveis

Processo de produção do azeite de oliva

Existem outros processos para extrair óleos da azeitona, como os que dão origem ao óleo do bagaço. Há ainda os óleos compostos, como o de oliva com soja, mais baratos.

As oliveiras se desenvolvem em regiões de verões quentes e ensolarados, e invernos frios e chuvosos, assim como no Mediterrâneo. Exigem condições específicas de solo e de distribuição de chuvas, o que torna seu cultivo mais arriscado fora de sua região de origem.

Produção mundial de azeitona, em 2022

Em 2022, a Espanha

produziu 3.940.070 toneladas

3,9 mi toneladas

Itália

Síria

5,4%

Turquia

Tunísia

6,5%

A produção de azeitona caiu em 2022, principalmente pelas dificuldades na produção da Espanha. Maior produtora, a Espanha foi afetada por secas, que também atingiram a produção do ano seguinte (ainda sem dados disponíveis). Esse é um dos motivos que explica o aumento do preço do azeite de oliva nos mercados.

Demais países

Espanha

Em 2022, a Espanha teve uma queda de 52,2% na produção em relação a 2021

Produção nacional

Apesar da produção no Brasil ser pequena, ela está em crescimento. Em 2022, a produção bateu o recorde de 4,6 mil toneladas.

Produção brasileira de azeitona

Em toneladas, de 1974 a 2022

Em 2022, o Brasil teve um crescimento de 34,3% na produção em relação a 2021

Esse aumento da produção se relaciona com a retomada dos olivais no Sul e no Sudeste, em especial no Rio Grande do Sul.

Produção brasileira de azeitona, por estado

Em toneladas, de 2011 a 2022

Rio Grande do Sul

São Paulo

Minas Gerais

Outros

Em 2022, 67,4% da produção nacional veio do Rio Grande do Sul, 18,6% de Minas Gerais e 12,9% de São Paulo

No Rio Grande do Sul, a produção se concentra na porção sudeste do estado, com clima e solo favoráveis ao cultivo de oliveiras.

Produção brasileira de azeitona, por município

Observações: Em 2022, consta uma produção de 46 toneladas de azeitona para o município de Pauini (AM). O Nexo não conseguiu confirmar a produção na localidade. A produção pode se referir ao jamelão, fruta oleosa chamada de azeitona no Amazonas.

Fonte: FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) para produção no mundo, IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para a produção no Brasil, e Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).