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O que fazem agências de risco como Fitch, Moody’s e Standard & Poor’s

Da Redação

20 de julho de 2024(atualizado 02/10/2024 às 08h56)

Agências atribuem notas de crédito a empresas e países a partir de análises da capacidade de pagamento de dívidas. Entenda mais sobre a atividade

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FOTO: Brendan McDermid/ReutersFachada da Fitch em Nova York

Fachada da Fitch em Nova York

As agências de classificação de risco são empresas que se especializam na análise de crédito de outras empresas e de países. Seu principal produto são as notas de crédito (ou ratings) que elas atribuem a cada emissor de dívida.

Essas classificações medem a capacidade que um credor tem de pagar o que pega emprestado no mercado. As avaliações costumam ser importantes para a definição do nível de risco percebido pelo mercado financeiro — e, por tabela, dos juros demandados para comprar papéis de dívida.

São três as principais agências de risco: 

  • Moody’s
  • Fitch 
  • Standard & Poor’s

Essas agências determinam notas mínimas para que um país tenha o chamado grau de investimento — visto como crédito de boa qualidade e com risco de calote baixo. Quem fica abaixo dessa nota mínima é considerado investimento de grau especulativo, que indica alta vulnerabilidade a risco de calote. Veja, por exemplo, a escala da Fitch:

Como as agências de risco avaliam países 

No caso de um governo, as agências de risco servem como uma régua para entender o que investidores externos estão pensando do país. Ao avaliar as finanças do governo, as agências olham para diferentes fatores que influenciam a trajetória das contas públicas.

Na lógica das agências, quanto mais as receitas e os gastos do governo estiverem em equilíbrio, mais a trajetória da dívida pública será mais sustentável e mais seguro será emprestar dinheiro ao país. Quanto melhor for a nota de crédito de um país, menos o governo pagará de juros. Entenda mais sobre a dívida pública: 

Qual o papel das agências de risco na prática 

A avaliação básica feita em qualquer investimento é quanto esse investimento vai render e qual a chance de ele fracassar. A partir daí se constrói a chamada relação risco/retorno. Esse estudo é feito por todo investidor antes de aplicar dinheiro.

As agências de risco surgiram no início do século 20 para padronizar essa avaliação e diminuir os custos envolvidos. Em vez de cada um fazer a sua medição, o que envolve custos altos e chances de imprecisões, as agências fazem o trabalho para vários investidores. 

As empresas que querem pegar dinheiro emprestado pagam para serem avaliadas pelas agências, porque sabem que a nota é crucial para atrair investidores. Por outro lado, os investidores, interessados em conhecer as condições das empresas em que vão investir, também contratam as agências.

As notas que as agências atribuem e rebaixamentos da classificação podem ter grande impacto sobre países e empresas avaliados. Há críticas a respeito da falta de transparência sobre a metodologia de avaliação, o timing de suas ações e erros cometidos no passado.

A maior crise desse modelo aconteceu em 2008, quando as agências de risco estiveram no centro da recessão. Depois da falência do banco americano Lehman Brothers, autoridades americanas descobriram uma série de investimentos com altíssimo risco de calote que eram classificados como seguros pelas agências.

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