Já são mais de 3,5 mil casos de microcefalia. Como o Brasil lidará com esses bebês?
Tatiana Dias
15 de janeiro de 2016(atualizado 28/12/2023 às 02h56)Ministério da Saúde lança cartilha com estímulos para bebês atingidos pela má-formação causada pelo zika vírus. O conteúdo é bom; resta saber como colocá-lo em prática
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O Brasil já tem 3.530 casos notificados de microcefalia em 21 Estados diferentes na epidemia que relaciona a má-formação ao zika vírus, segundo o boletim divulgado na terça-feira (12). O zika vírus é transmitido às mulheres grávidas através de picadas do mosquito Aedes aegypti. O número de casos é quase o dobro do registrado há um mês .
Microcefalia é uma condição que faz com que o crânio do feto não cresça o suficiente e o bebê nasça com a cabeça com perímetro menor do que 32 centímetros, o que impede o cérebro de crescer o suficiente. Em 90% dos casos, a má formação provoca um atraso neurológico, prejudicando o desenvolvimento psíquico, cognitivo e motor da criança.
Com tantos casos registrados, o governo começou a detalhar como será feito o tratamento de tantas crianças atingidas pela doença. Na quarta-feira (13), o Ministério da Saúde lançou uma cartilha que detalha o atendimento aos portadores de microcefalia dos zero aos três anos de idade. Há orientações para estímulos motores, auditivos, visuais e socioafetivos. A má-formação não pode ser curada – a ideia é possibilitar às crianças mais autonomia e qualidade de vida.
A cartilha é voltada a profissionais de saúde e para as famílias de crianças com atraso no desenvolvimento. Para que os estímulos cumpram o seu papel, é preciso que eles sejam iniciados logo cedo, após o nascimento, e que sejam aplicados com frequência.
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