Como o corte de verbas joga a ciência brasileira na incerteza
Juliana Sayuri
22 de abril de 2021(atualizado 28/12/2023 às 23h05)Com redução de quase 30% dos recursos previstos para Ministério da Ciência e Tecnologia, área mais atingida no orçamento de 2021, CNPq vai conseguir pagar apenas 13% das bolsas aprovadas para jovens cientistas
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Um dos principais pilares de investimento na ciência brasileira, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) aprovou 3.080 projetos no último edital de bolsas de doutorado e pós-doutorado em 15 de março. Entretanto, a agência só terá condições de bancar 396 projetos ( 13% do total ) no Brasil, reportou o Jornal da USP em 20 de abril. Isso quer dizer que mais de 2 mil projetos que tiveram parecer positivo dos respectivos comitês não terão recursos para serem realizados de fato.
O caso é um retrato do futuro incerto da ciência no país. Depois de meses patinando entre impasses e acordos entre governo federal e o Congresso, o Orçamento de 2021 reduziu 29% dos recursos para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, a área mais atingida: de R$ 11,8 bilhões em 2020, o orçamento do ministério caiu para R$ 8,3 bilhões em 2021. O prazo para o presidente Jair Bolsonaro deve bater o martelo e sancionar a Lei Orçamentária Anual é esta quinta-feira (22).
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