O que é bitcoin, a primeira criptomoeda do mundo
Marcelo Roubicek
10 de março de 2024(atualizado 03/04/2024 às 12h30)Primeira e mais famosa criptomoeda do mundo foi lançada em 2008. Seu criador permanece em anonimato
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Ilustração de Bitcoin
O bitcoin é a primeira e mais famosa criptomoeda do mundo. Ele foi lançado em 2008 por Satoshi Nakamoto — pseudônimo utilizado pelo responsável (ou responsáveis) pela invenção, cuja identidade é desconhecida — no fórum de discussão The Cryptography Mailing.
A ideia original do bitcoin é que ele opere em um sistema de pagamento que visa ser prático e descentralizado. Ou seja, bitcoin não é gerido por um banco central, mas por uma comunidade dispersa na internet.
O bitcoin se baseia na tecnologia de blockchain: um arquivo ao qual todos os usuários dessa comunidade têm acesso, como um banco de dados compartilhado. De um modo bastante simplificado, é como se fosse uma grande planilha de dados administrada por computadores de diferentes lugares do mundo.
É possível comprar bitcoins na internet seguindo as cotações do dia, da mesma forma como se compra dólares. Todas as transações feitas com o bitcoin são reunidas e fechadas em blocos a cada dez minutos, que devem se integrar ao arquivo maior, a blockchain.
Para que os blocos sejam efetivamente integrados à blockchain, um enigma matemático precisa ser resolvido pelos chamados mineradores. São pessoas (ou empresas) que usam o poder de processamento dos seus computadores para resolver esses enigmas, usados para proteger o sistema de agentes maliciosos e garantir o anonimato de quem fez a transação.
Os mineradores são recompensados de duas formas: com taxas das transações e com pedaços de novas unidades de bitcoin emitidas pelo sistema (por isso o nome “mineradores”).
Galpão em Keflavik com computadores da empresa Bitfury, usados para ‘minerar’ bitcoins
O software usado pelo bitcoin foi lançado em janeiro de 2009. Inicialmente, havia uma rede pequena de computadores operando o sistema, com uma quantidade pequena de bitcoin disponível. Por causa do sistema de mineração, à medida que a rede ia se expandindo, mais bitcoins eram gerados e entregues aos mineradores.
O sistema tem propositalmente um princípio de retornos decrescentes. Quanto mais a rede cresce, menos bitcoins o trabalho de mineração rende. A cada quatro anos, o retorno que os mineradores têm por seu trabalho cai pela metade. Ou seja, o ritmo da criação de novas unidades cai. Além disso, há um limite para quantos bitcoins poderão ser criados.
21 milhões
é o número máximo de bitcoins que pode existir
Em março de 2024, cerca de 19 milhões dos 21 milhões de bitcoins máximos já estão em circulação. A ideia do teto é simples: se o volume crescesse indiscriminadamente, a moeda certamente se desvalorizaria por excesso de oferta.
O bitcoin foi a primeira criptomoeda, mas depois dele vieram várias outras com o mesmos princípios: são ativos digitais produzidos por mineração de dados e geridos por uma comunidade dispersa na internet, e não por bancos centrais, com base em blockchain.
Outros criptoativos também surgiram, como NFTs e a Dogecoin. Os criptoativos podem ser negociados entre diferentes pessoas e empresas.
Os preços de criptoativos — categoria dentro da qual estão as criptomoedas e, portanto, o bitcoin — estão sujeitos à oferta e à demanda. E costumam ter preços muito voláteis.
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