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O que são os Brics?

Da Redação

21 de outubro de 2024(atualizado 22/10/2024 às 15h37)

Bloco foi batizado informalmente pelo mercado financeiro em 2001. Ampliado ao longo do tempo, tenta reduzir a influência do dólar e deslocar o eixo de tomada de decisões no mundo

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FOTO: Sergei Karpukhin/Reuters - 09.07.2015Presidente russo aguarda chegada de líderes dos Brics

Letreiro do Brics e o presidente da Rússia, Vladimir Putin

Os Brics realizam sua 16ª cúpula em Kazan, na Rússia, entre os dias 22 e 24 de outubro. Será a primeira reunião do bloco com seus quatro novos membros. Luiz Inácio Lula da Silva cancelou sua participação no encontro após sofrer um acidente doméstico em Brasília. O presidente brasileiro caiu no banheiro de sua residência e teve que tomar três pontos na nuca.

A origem dos Brics

O nome Bric é um acrônimo formado pelas primeiras letras dos nomes dos países que deram início ao grupo em 2009: Brasil, Rússia, Índia e China, e se refere a um conceito mais amplo, criado por pessoas do mercado financeiro antes mesmo da formação oficial do bloco. O responsável pela criação do nome Bric (sem a África do Sul), em 2001, é Jim O’Neil, então economista-chefe do banco Goldman Sachs, que, anos depois, se tornaria ministro do Tesouro do Reino Unido, cargo que deixou em 2016.

Os membros-fundadores do bloco têm em comum o fato de serem potências em diferentes escalas: China e Rússia, potências globais. Índia e Brasil, potências regionais; todos com grandes populações, grandes territórios e grande potencial econômico a ser desenvolvido. A África do Sul, outra potência regional, foi admitida em 2011. O Bric então virou Brics. Argentina, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã e Etiópia passam a ser membros do Brics em janeiro de 2024.

O bloco é uma potência econômica. Dispõe de um banco, comandando atualmente pela ex-presidente  brasileira Dilma Rousseff. A ideia é depender cada vez menos do dólar americano. Do ponto de vista conceitual, seus membros defendem o deslocamento do eixo de tomada de decisões no mundo, propondo uma nova divisão do poder que hoje está concentrado nas mãos de europeus e americanos. Esse é um argumento que divide o mundo em norte-sul, considerando os países do norte do globo, mais ricos e mais influentes, como menos propensos a dividir espaço com essas potências emergentes do sul.

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